sábado, 30 de julho de 2011

O lado verde do Mercado

Embora este não seja um blog que mergulhe no mundo “maravilhoso/mirabolante” do Marketing e propaganda, uma coisa é certa: os produtos dos mais variados seguimentos do mercado tem abordado e defendido o uso de produtos que não agridem o meio ambiente.

O “Marketing verde” tem a função de criar preferência pela marca, estimulando a troca pelo produto que passa a ser mais socialmente aceito, por haver uma conscientização dos benefícios sociais que acarretam o seu uso. Isso aparece no estudo realizado em 2008 em 17 países pela “Our Green World” que mostra que questões ambientais influenciam diretamente na decisão de compra de 52% dos consumidores brasileiros, e 83% destes estariam dispostos a pagar mais por produtos e serviços ecologicamente corretos.

Sob esta percepção as grandes corporações tem atuado. A Coca-cola investiu pesado na tentativa de revolucionar o que nós, meros consumidos, entendemos por outdoor, instalando nas Filipinas um gigantesco painel que consome dióxido de carbono. Para isso a Coca usou 3.600 garrafas recicladas da marca e que cada uma tem uma muda da planta de chá Fukien — uma planta que cresce melhor verticalmente –, dispostas em um outdoor com 18 metros de largura por 18 de altura. Cada planta tem a capacidade de absorver até 6 quilos de dióxido de carbono por ano, o que resultaria uma absorção anual total de 21.200 quilos do CO2. E para irrigar as plantinhas, em parceria com a WWF, um sistema de irrigação diferenciado foi criado.


Entre o fim de 2008 para início de 2009 a rede de restaurantes Mc Donald’s entra na onda verde e abre a primeira loja ecológica da rede na América Latina, que consiste dentre tantas melhorias internas a loja o uso racional tanto de energia como de água através de um sistema que revesa o uso de ar condicionado e abertura das janelas com base na análise da temperatura externa (tudo de forma automática), energia solar para aquecimento das águas das torneiras, uso de lâmpadas LED, uso de madeira certificada e de replantio, dentre tantas outras características. Essa loja solitária nas terras tupiniquins está localizada na Riviera de São Lourenço, município de Bertioga, no litoral de São Paulo. Vale ressaltar que na Europa a rede vem mudando também a logo para um verde que chama a atenção para adaptação da loja (vide exemplo alemão).



E nessa lógica de atração de consumidores que se preocupam com a causa ambiental, a empresa de propaganda verde Curbs (http://www.mindthecurb.com/) tem conseguido contas importantes de empresas que investem em propagandas que não utilizam material industrial. O que significa usar grama, madeira, neve, areia entre outros.







Se é puro cinismo de mercado mais uma vez investindo maciçamente na propaganda, como argumenta alguns céticos, ou realmente uma grande mudança na lógica de oferta de produtos, escolher uma dessas opções significa ter critérios mais que subjetivos. Mas a verdade é que o marketing, e no fim das contas os produtos, também têm mudado para atender uma lógica cada vez alarmante, lógica esta que diz: Fiquem atentos as suas preferências, porque a partir de suas escolhas o meio ambiente pode ser gradativamente ajudado!




sábado, 23 de julho de 2011

Equipes de astrônomos descobrem o maior reservatório de água do universo

O maior e mais distante reservatório de água do universo foi descoberto por equipes de astrônomos lideradas por cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia - Caltech. Trata-se de uma massa expressiva de vapor d'água presente em um gigantesco buraco de alimentação negro denominado quasar, localizado a uma distância aproximada de 12 bilhões de anos luz do planeta Terra.
Estima-se a existência de água equivalente a 140 trilhões de vezes toda a água do oceano do planeta Terra, o que reafirma a conclusão de que há existência de água em todo o universo, segundo cientista da NASA, Matt Bradford.
Vapores d´água já haviam sido encontrados no universo, mas nunca em valor tão massivo. A Via Láctea possui montante de água 4.000 vezes menor que o do quasar, pois a maior parte deste agregado encontra-se congelada.





Ver mais em:

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sobre o novo Código Florestal...




Depois de dois anos de debate, foi aprovado na Câmara dos Deputados no fim de maio/2011 o Novo Código Florestal, em substituição à versão em vigor desde 1965. Em discussão agora no Senado, o texto traz itens polêmicos que, caso modificados, voltarão aos deputados para nova análise. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza, já adiantou que a presidente poderá fazer uso do poder de veto caso os interesses do governo sejam contrariados.
O Código Florestal é a legislação que estipula regras para a preservação ambiental em propriedades rurais e, sendo assim, é um documento chave para definir parte da política ambiental de um país de considerável influência rural como o Brasil. O código define o quanto deve ser preservado pelos produtores. Dentre outras regras, ele prevê dois mecanismos de proteção ao meio ambiente: as chamadas áreas de preservação permanente (APPs), locais como margens de rios, topos de morros e encostas, que são considerados frágeis e devem ter a vegetação original protegida; e a reserva legal, área de mata nativa que não pode ser desmatada dentro das propriedades rurais.
Para ver a íntegra da proposta do Novo Código Florestal: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=17338
Os dois grupos opostos acerca do novo documento são os ruralistas e os ambientalistas. Enquanto os ambientalistas creem que as mudanças no Código vão favorecer os desmatamentos, os ruralistas alegam que a legislação vigente é muito rigorosa e prejudica a produção.
De maneira geral, o que muda com o texto aprovado até então: a isenção de pequenos produtores da obrigatoriedade de recompor reserva legal; traz a garantia de que algumas plantações serão consolidadas nas APPs, entretanto, a definição do que pode ou não pode ser mantido ficou fora do texto (após um amplo acordo, foram estipuladas as regras por meio de uma emenda ao texto-base, a 164, que foi motivo de discórdias no plenário da Câmara); as faixas de proteção em rios continuam as mesmas de hoje (30 a 500 metros em torno dos rios), mas passam a ser medidas a partir do leito regular e não do leito maior; os pequenos produtores que já desmataram suas APPs em margem de rio poderão recompor a área em 15 metros a partir do rio, enquanto os demais devem recompor em 30 metros (O governo era contra, mas o relator alegou que a recomposição prejudicaria a atividade dos ribeirinhos que vivem nas margens dos rios); nas APPs de topo de morros, montes e serras, o novo código permite a manutenção de culturas de espécies lenhosas (uva, maçã, café) ou de atividades silviculturais, assim como a infraestrutura física associada a elas; prevê anistia para quem desmatou até julho de 2008, caso o produtor faça a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA);
Segundo um especialista em florestas e áreas degradadas, professor Sergius Gandolfi, defende que a votação para o novo Código deveria ser feita nos moldes de um referendo popular. O professor salienta que não deveria ser permitido mudar uma lei que vai atingir todos os rios, cachoeiras, lagos, açudes e florestas com base na decisão de “meia dúzia de gatos pingados no Congresso”. Segundo o professor da USP, a questão florestal não é pensada em relação ao estudo e aproveitamento da biodiversidade brasileira, que é a maior do mundo. Da mesma forma, o biológo e diretor do grupo Ecoa (Ecologia e Ação) Alcides Farias, coloca que “além da questão ambiental ele traz um grande equívoco econômico também, pois sem a proteção das encostas a probabilidade de desastres é maior”. Farias lamenta ainda que o novo Código Florestal, em sua opinião, incentive o crime uma vez que anistia os desmatadores. Em uníssono com Farias, ambientalistas de vários países estão mobilizados e enviando mensagens para o Palácio do Planalto para que o documento não seja aprovado.
Em contrapartida, na avaliação assessora de meio ambiente da Famasul, Janaína Pickler, a situação não é como apontada pelos ambientalistas. Segundo ela, os produtores rurais “estão conscientes de que serão mais cobrados para cumprir com as suas obrigações, mas o que eles querem é que as regras sejam plausíveis de serem cumpridas”.
Enquanto isso, recentes estatísticas mostram que 593km² da floresta Amazônica foram derrubadas entre março e abril (480km² só no estado do Mato Grosso)...
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Ver mais em:
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/07/codigo-florestal-deveria-ir-votacao-popular-defende-professor-da-usp.html
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/05/25/novo-codigo-florestal-ameaca-pantanal-924539141.asp
http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/05/entenda-polemica-que-envolve-o-novo-codigo-florestal.html
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/05/ministerio-acrescenta-7-cidades-lista-dos-maiores-desmatadores.html
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=17338
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Infográficos:
http://www.oecoamazonia.com/br/data-amazonia/infograficos/188-entenda-o-novo-codigo-florestal [Muito interessante!]
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/MEIO-AMBIENTE/197556-INFOGRAFICO:-VEJA-AS-MUDANCAS-NO-CODIGO-FLORESTAL-APROVADAS-NA-CAMARA.html

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Participação do Medyo na plenária da Rio+20

 No último dia 02/07 ocorreu a Plenária de Mobilização para a cúpula dos povos da Rio + 20, que irá acontecer no Rio de Janeiro em 2012. Foi um evento fomentado pelo comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira, com o intuito de divulgar informações, discutir as principais problemáticas, articular e mobilizar a sociedade. E o Projeto Medyo estava lá representado, afim de também se informar das questões trazidas por representantes de ongs, instituições e afins, de todo o país e também de fora. Foi muito interessante a oportunidade de ver como as diversas bandeiras sociais lá representadas, como pro exemplo, os índios do Xingú ou mesmo as feministas, mantinham um discurso que se coadunava com a defesa do meio ambiente. Ou seja, a sustentabilidade como uma premissa para o desenvolvimento que esperamos para o país. O tamanho da segurança que temos na organização e responsabilidade dos militantes é tão grande quanto o medo da mobilização não alcançar um pleno apoio e participação da sociedade. É por isso que devemos levar essa consciência adiante e aproveitar a grande oportunidade de ter os representantes do poder de quase todos os países do mundo aqui reunidos, e mostrar o que realmente esperamos dos resultados da Cúpula. Fique atento as discussões e veja como pode colaborar por um país mais justo e sustentável!

sábado, 9 de julho de 2011

Rio +20: O que a Sociedade Civil pode esperar?

Com base na resolução 64/236 da Assembléia Geral, nos dias de 4 a 6 de junho de 2012, na área do Porto do Rio de Janeiro, ocorrerá a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (cuja sigla em inglês é UNCSD), mais popularmente conhecida como Rio+20, por celebrar 20 anos da Eco 92, conferência presidida pela ONU também na cidade do Rio de Janeiro. Da Rio ou Eco 92, ficaram muito mais princípios que grandes mudanças e estes preceitos que criaram um arcabouço moral ou de ação mesmo, podem ser visualizados a partir da  “Carta da Terra” (finalizada em 2000 - Disponível no site do MMA), por exemplo e na Agenda 21.

Para esse novo momento, espera-se para debate países como a China, Índia e os Estados Unidos com seus respectivos representantes, assim como poluidores de menor escalão, afim de que todos os 192 países atuem no debate. E sobre os representantes brasileiros espera-se também a participação dos ex-presidentes como Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor de Mello e José Sarney, sob a perspectiva de traçar o caminho brasileiro à políticas mais sustentáveis nos últimos anos, que estariam consolidados na gestão da então presidente Dilma Rousseff.

O subsecretário geral do Departamento Econômico e Social da ONU, Sha Zukang, garante em seu blog a importância da Rio +20, como um dos acontecimentos mais notórios da década, cuja responsabilidade se baseará em diálogos voltados a temáticas como a crise energética e alimentar, à crise financeira e à recessão global, além dos pontos de discussão oficiais que são: economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza, e o quadro institucional para o desenvolvimento sustentável.

A Sociedade Civil brasileira, que certamente espera mais que discursos, pode participar através do Comitê facilitador da Sociedade Civil Brasileira. Este comitê se define pela pluralidade de causas e tipos de organizações integrantes, e pauta sua principal função na participação da sociedade para que ela entenda e tenha uma visão geral do que está acontecendo do mundo sobre a temática do meio ambiente. O comitê se organiza por grupos de trabalhos que está aberto a participação e trocas de informação.

O que se espera desta conferência é aprovar um documento semelhante às Metas do Milênio, estabelecido no ano 2000. Mas há divulgado em alguns sites da imprensa Brasileira que as discussões poderiam culminar num órgão específico internacional sobre questões ambientais subordinado a ONU com mais margem de manobra que o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), que é uma agência cuja sede se encontra no Quênia.