Dia 01/02 foi o início da primeira fase do projeto MedYo, a viagem para o México. Com uma viagem de 18 horas fizemos escala em São Paulo e na Colômbia. A chegada ao México foi um baque, com um frio assustador no qual não estávamos acostumadas e por alguns costumes, como do comércio fechar cedo, inclusive shoppings, o que dificultou nosso jantar, fazendo com que comessemos comida mexicana, sendo um dos pratos a enchillada suíça, que nos pareceu ser boa no cardápio mas na boca era ruim e apimentada ( sim eu sei, bastava prestar atenção no nome, afinal chili=pimenta).
No primeiro dia na Cidade do México já tínhamos alguns compromissos do MedYo, que foi ir conhecer o museu de Frida Kahlo e depois a universidade La Salle da Cidade do México.
Iniciantes na Cidade do México, nos perdemos no caminho ao museu, o que nos custou 1 hora preciosa, já que as atividades eram muitas. Andamos pela primeira vez de metro no México e é um pouco parecido com o nosso, incluindo alguns vagões na frente do trem apenas para mulheres. O custo do metro é bem baixo, 3 pesos, o que dá mais ou menos 0,50 centavos de real. O museu é lindo, é a casa onde Frida e Diego viveram, a arquitetura é tipicamente mexicana, construída com pedras e cores fortes predominantes, mas eu viveria na casa tranquilamente...rsrsrs.
Fomos de taxi para a Universidade La Salle da Cidade do México, o que não foi difícil, já que a universidade é enorme, ocupando várias quadras, sendo quase impossível alguém não conhecê-la. Lá fomos recebidas por Andres, Arlette, Serch e Oliver, que nos levaram para conhecer toda a universidade. No final paramos para almoçar, dentro da faculdade mesmo , que possui um restaurante e outras coisas, inclusive um Subway, mas dessa vez comemos na maioria bife com batata fritas para não arriscarmos. No almoço se juntaram a nós Juan e Alejandro, resultando em um divertidíssimo almoço e em um convite para sairmos a noite para conhecermos um pouco mais da Cidade do México. O solícito Juan nos levou para uma tarde de compras em um shopping local, super paciente ficou fazendo companhia à Guilherme enquanto a mulherada fazia a festa. A noite fomos a um barzinho que não vendia comida e pedimos pizza e batata frita no Domino’s e para nossa surpresa, a batata vinha com pimenta, que segundo os mexicanos era apenas um tempero. Algumas provaram o mezcal, bebida regional que nem a tequila, mas mais forte (é aquela do bichinho na garrafa) e na jukebox, ouvimos o Rei Roberto Carlos, muito conhecido no México. Ahnn não posso esquecer que na ida para o bar o motorista no taxi nos explicou alguns problemas que os mexicanos tiveram com a tradução de torcida, que eu não posso falar aqui, mas é muito engraçado.
Segundo dia na Cidade do México e dia corrido novamente. Como o comércio local só abre as 11 da manhã (seja shopping ou loja de rua), fomos ao Museu de Belas Artes, que era bem próximo ao hotel, já que no horário do almoço teríamos o encontro com o embaixador brasileiro no México. O museu é lindo, a arquitetura com características astecas evidentes e todo em granito, um luxo só. As obras de artes eram as mais variadas e as de Diego Rivera eram as mais marcantes, com seus protestos políticos bem aparentes. As Jus, Cantini e Loss preferiram ir ao Museu de Arte Popular, que era ao lado do hotel e viram obras incríveis, que retratavam bem a cultura mexicana, inclusive um de seus feriados mais importantes, a do dia de finados que parece um carnaval para eles. Daí corremos para a embaixada brasileira no México para conhecer e entrevistar o embaixador. Fomos recebidas pelo embaixador e seu conselheiro, ambos muito simpáticos e solícitos, foram super generosos e pacientes com nossos questionamentos sobre a relação Brasil x México e meio ambiente. O conselheiro inclusive foi um dos responsáveis pela organização do COP 16 que aconteceu no México e por isso nos deu ótimas informações. Saímos da embaixada pisando em nuvens pelo encontro e fomos almoçar. A noite fora de descanso e compras, pra variar um pouco.
No terceiro dia tínhamos a visita à CONABIO, Comissão Nacional para o conhecimento e uso da Biodiversidade que você poderá conhecer melhor no site deles http://www.conabio.gob.mx/ que é muito legal e possui diversas informações disponíveis para consulta e uma parte do site dedicado para o público infantil que é maravilhoso de tantas ferramentas atrativas para o ninõs. Lá a Azucena nos levou a todos os departamentos da CONABIO, incluindo o setor onde todo o território mexicano é controlado por satélite que verificam mudanças climáticas, queimadas e outros, um sistema incrível de combate as agressões ao meio ambiente mexicano (vimos até o esquecido vazamento de petróleo no Golfo do México sendo monitorado e ao contrário do que a mídia diz, ele não foi sanado ainda). Visitamos também os setores responsáveis pelas pesquisas de dados e que os transformam em relatórios, que estão disponíveis no site da CONABIO. Assistimos também a palestras sobre diversos assuntos, incluindo um sobre espécies invasoras e suas conseqüências em ambientes que não são naturais delas e a um documentário sobre um lindo espécime mexicano, o “perrito llanero mexicano”. Na saída fomos agraciados com muitos presentes para o projeto, com a doação de livros e DVDs com o conteúdo do site para as crianças. Após o almoço seguimos para a Naturalia, uma ONG de proteção aos animais que trabalha em algumas regiões mexicanas. Seu trabalho é dedicado a preservação de animais em extinção como o jaguar, o lobo mexicano e o nosso querido perrito. Eles criam, através de doações, áreas de preservação e programas de incentivos a moradores de regiões habitadas por essas espécies para que não os matem, tentando modificar a visão destes de que os animais são uma ameaça. Eles trabalham também com a área de educação ambiental em escolas, o que muito nos interessou já que é uma área onde o MedYo pretende atuar fortemente. Vimos a luta que é para uma ONG se manter e atingir seus objetivos, já que a vontade é sempre de atender o maior número possível de espécies e nem sempre se consegue.
No final do último dia na Cidade do México saímos um pouco com nossos amigos mexicanos da universidade La Salle e fomos dançar Rumba e foi muito divertido!! Mas saímos cedo, já que no outro dia era nossa viagem para Léon, cidade onde o projeto foi implantado e que será assunto para um próximo post, já que esse já está enorme...rsrsrs